Sobre a Ética da Alimentação Vegetariana
e a Importância da Razão no Processo Evolutivo
Tales Elias Lima
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Diz uma frase atribuída a Leonardo da Vinci.
“Chegará um dia em que o homem conhecerá o intimo de um animal, e
nesse dia, ele verá que todo crime contra o animal será um crime contra a
própria humanidade.”
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Porém, qualquer conjunto de diretrizes será sempre o passo
seguinte – os frutos – ao dado anteriormente por um grupo menor de indivíduos
que transcenderam a mente concreta.
A teosofia original, não apenas antecipou o que a ciência viria a
descobrir séculos mais tarde, mas verdadeiramente contribuiu de forma pioneira
para que “descobertas” desse tipo fossem possíveis.
Uma sobrinha de Albert Einstein afirma que uma cópia de A Doutrina
Secreta de Helena P. Blavatsky estava sempre presente na mesa de trabalho de seu tio [1].
Assim como Einstein, muitos outros cientistas e físicos, filósofos e pensadores, ativistas e reformadores, escritores e artistas tiveram um contato mais ou menos direto com a teosofia original do final do século XIX.
Assim como Einstein, muitos outros cientistas e físicos, filósofos e pensadores, ativistas e reformadores, escritores e artistas tiveram um contato mais ou menos direto com a teosofia original do final do século XIX.
Daí a importância em se alcançar a real percepção das coisas, ou
ao menos buscar ampliá-la consideravelmente.
A mente objetiva não pode perceber a unidade entre ela mesma e os
demais seres, simplesmente porque essa unidade não existe no plano objetivo. A unidade só pode ser percebida quando a mente concreta se tonra permeável as emanações do principio búdico superior impessoal.
Como diz o ditado popular, devemos aprender seja pelo amor, ou
pela dor.
Sob esse ponto de vista, quanto mais elaborada e intrincada são as
leis de uma nação, maior o sinal de decadência moral e ética da sociedade sobre
a qual ela legisla. Nesse caso, a lei serve como a razão, que determina que
aquele que não dominar seus desejos mais obscuros e instintos inferiores, deve
sofrer determinada punição.
Obviamente que não devemos nos enganar achando que na sociedade do
futuro não existiram leis que procurem coibir determinado tipo de
comportamento. Porém, as leis certamente se tornarão tão refinadas quanto à
consciência coletiva do povo a qual ela se aplica.
A ética da alimentação vegetariana não beneficia
apenas o animal que tem sua vida poupada, mas sim a vida sob todas as suas
formas.
Se levarmos em consideração a lei da
interdependência, então, o beneficio de uma vida harmônica entre os seres no
planeta Terra se estende muito além do sistema em que vivemos.
Dessa forma aquele que pretende ajudar ao
próximo e cultiva o habito de se alimentar da carne animal poderia pensar na
reformulação do seu cardápio.
As possibilidades de uma civilização que vive
mais e melhor, que erradicou a fome, que gasta menos com saúde - podendo
investir mais em reforma agrária, educação e cultura - são ilimitadas.
Como mostra o artigo de Carlos Aveline [2], o
habito de consumir carne animal é sempre um mau negócio, seja do ponto de vista
dietético, econômico, demográfico ou energético.
Muitas pessoas - algumas bem intencionadas - por
estarem demais preocupadas com questões que dizem respeito à satisfação
momentânea, sequer pensam que essa é uma questão a ser levada em consideração.
No entanto quem tem consciência do ciclo de crueldade que mantém tal negócio
não deveria conservar velhos hábitos, seja por comodismo ou falta de
determinação.
“E como se dá esse processo rotineiro? Vejamos
um exemplo.
Os animais viajam centenas de quilômetros de pé,
sem água ou comida, apertados na carreta de um caminhão. Ao chegar, ficam
de dois a quatro dias no pátio do abatedouro ― recebendo apenas água. Na
hora do sacrifício, os animais são forçados a entrar em um longo corredor
estreito. São tomados pelo desespero, e tentam fugir de todas as formas. No
final do corredor, uma das maneiras mais usadas de matar começa com um golpe de
marreta na cabeça. O animal fica tonto, perde as forças e cai com os olhos
abertos, mas é suspenso por um guindaste atado às patas traseiras. Às vezes já
está se recuperando do golpe e debatendo-se pela liberdade quando é
definitivamente degolado. Seus olhos se esvaziam; o olhar ainda está lá, mas a
vida atrás dele retira-se.” [3]
Na abertura em um recente debate em Melbourne na
Austrália, Philip Wollen alerta: “O mundo tem o suficiente para todos nós, mas
não o suficiente para alimentar a ganância de alguns.”[4]
Notas:
[1] Ver o livro “Helena
Blavatsky” de Sylvia Cranston, Ed. Teosófica, p. 474 e nota 22 da parte 7 na
página 651
[2]"A Ética da Alimentação Vegetariana" - Carlos Cardoso
Aveline - http://www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=224#.UCAJ2fZlQr0 .
[3] Ver referência anterior.
[4] Philip Wollen é o idealizador do Projeto
“Winsome Constance Kindness Trust”; uma iniciativa global cuja missão é
"promover a bondade para com todos os outros seres vivos".
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A reprodução desse artigo é livre, uma vez que seja feita na íntegra e que sejam citados o autor e a fonte, www.ocaminhododespertar.blogspot.com.br . Com esta única condição, o uso do material é livre.
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